Dia 30 de julho de 2014 o dia em que o mundo parou e a nossa
família nasceu!!!
O show do nosso Joaquim começou
no domingo, no ultimo encontro com a Samara Barth, nossa doula, antes do parto acertamos os
últimos pontos do nosso plano de parto, fizemos alguns exercícios de respiração
e conversamos muito sobre o tão esperado dia. E não é que ouvindo tudo ele se
animou e comecei a sentir realmente que
o meu corpo estava se preparando para a chegada do meu príncipe?
As contrações eram totalmente
suportáveis eram parecidas como uma cólica bem fraca e assim foi a madrugada
inteira.
Na segunda completaria 39
semanas, minha consulta que seria na terça-feira, foi adiantada pelo medico
para segunda-feira a tarde e para a surpresa de todos, ao ser realizado o exame
de toque, eu já estava com 4 dedos de dilatação, eu super me animei!!! Meu GO sugeriu internação, e eu
sugeri ir para casa, pois meu trabalho de parto ainda não era ativo minhas
contrações não tinha um ritmo certo.
Optei pelo parto natural, e sabia que precisava ter
paciência era o momento dele e seria tudo no seu tempo. Na terça-feira, as
contrações já estavam mas frequentes
mais ainda sem um ritmo certo, durante todo dia me mantive ativa, lavei roupa,
dei varias voltas no quarteirão, fui no mercado caminhando, e as contrações
duravam mais tempo mais sem um ritmo frequente, entrei no chuveiro fiquei uma
hora cravada no relógio e as contrações pegaram o tal "ritmo" vinham de 5 em
5 minutos e duravam cerca de 20 segundos, entre uma contração e outra ate dava pra
sorrir era uma delicia sentir elas, pois tinha certeza que a cada contração que
sentia, eu estava cada vez mais perto de conhecer o meu príncipe Joaquim. Liguei para o papai que estava trabalhando, ele já trouxe junto a nossa doula que me
orientou ao longo de todo o dia, do nada
as contrações começaram a vir de 2 em 2 minutos, e então tinha chego a hora de
ir para o hospital, passamos pegar a minha mãe, ligamos para o medico quando já
estávamos a caminho do hospital.
Chegamos ao hospital as 21:30, bom
a recepção me irritou muito, primeira
coisa que me perguntaram era se eu queria uma cadeira de rodas, perguntei para
a enfermeira para que, pois so estava parindo, que coisa chata esse povo achar
que uma mulher em trabalho de parto precisa ficar sentada ou deitada, movimento
minha gente! Mulheres parindo precisam se movimentar!!!! Recepção de hospital
deveria descartar as gestantes, puxa deixa o acompanhante preenchendo todos
aqueles formulários e acolham a gestante!!!
Fica a dica.
Depois de toda a burocracia
chegou a hora de ser examinada, já estava com 7 dedos de dilatação, dei pulos
de alegria, o meu sonho estava perto de se realizar.
"Tá tudo bem, até dá para sorrir!" |
Entramos na sala de pré-parto,
eu, papai e a minha doula a e fui direto para o chuveiro ele aliviava muito as
contrações mesmo sendo gelado e me causando um soluço horroroso que me
acompanhou todo TP, as contrações estavam muito fortes mais ainda dava para
sorrir entre uma contração e outra, sempre mantendo meu pensamento que a cada
contração era uma a menos para o meu bebe chegar, fiquei o tempo todo no
chuveiro, alternava entre banqueta e a bola, as dores começaram aumentar muito,
doía muito sim e eu achei realmente que
não iria mais conseguir, chegaram a me oferecer anestesia e eu quase aceitei,
cheguei ate aceitar na verdade, mas eu tinha um anjo do meu
lado que não me
deixou esquecer de todo meu propósito, a
minha doula me trouxe de volta a realidade que a dor já havia me tirado, acalmou
meu coração, segurou na minha mão e me fez lembrar que aquele momento era meu,
que eu só precisava sentir meu corpo e acreditar nele, me mantive firme na
minha decisão. Já Não havia mais nada
que me deixasse confortável a não ser fazer forca, meu corpo pedia isso, me
tiraram do chuveiro alegando que não tinha como realizar a manobra para
retirada do bebe, na hora da emoção da dor, levantei e fui pra maca isso fez
com que o bebe subisse novamente, quando
sai do banheiro tinha uma verdadeira plateia ali, varias enfermeiras, mais o
pediatra, mas na hora nem me toquei de
quantas pessoas estavam ali para presenciar uma mulher louca (pois e assim que eles
gostam de chamar quem tem essa opção de parto), a parir lindamente sua cria,
eles tiverem o privilegio de assistir a minha família nascer.
Continuei a fazer forca só que
agora na maca, onde ficou mais difícil pois a gravidade em si não ajudava muito
e eu só lembro do meu GO falando, ta quase..ta quase e esse quase nunca
chegava, foi quando eu olhei para o
rosto do meu marido e vi seus olhos cheios de lagrimas, me falando -
ele esta chegando, nesse momento
resgatei todas as minha forcas, recuperei meu folego e na contração seguinte
ele nasceu e nós renascemos, a dor passou imediatamente, houve um breve silencio interrompido pelo choro maravilhoso do Joaquim que chegou ao mundo, quando ele quis as 03:45 da manha com 3200kg e 48 centímetros , foram 7 horas de trabalho de parto ativo, essas 7 horas transformaram a minha vida, fizeram eu descobri que eu não podia ter escolhido pai melhor para o meu filho, nós simplesmente parimos juntos, ele me apoiou, ele acreditou junto comigo que o parto natural era a forma mas respeitosa para o nosso príncipe vir ao mundo, me deu força, fez força, entrou no chuveiro junto, me segurou nos braços quando já não tinha mas forças, selamos naquela madrugada nosso compromisso, fomos cúmplices do nascimento do nosso filho. Foi mais do que sonhamos, foi lindo, foi maravilhoso PARIR É FODA DEMAAAAAAS!!!!!!!!!!!!
"Conseguimos!" |
Nós vencemos o sistema, e
trouxemos ao mundo o nosso príncipe Joaquim da melhor maneira possível
respeitando seu tempo, sem procedimentos pediátricos desnecessários de rotina,
ele não foi aspirado, não pingaram colírio nele, o banho foi dado só no dia seguinte
eu fui protagonista do meu parto, eu pari sem “sorrindo”, sem corte, sem
anestesia e com um companheiro incrível do meu lado.
Visita da doula 8 dias após o nascimento <3 |
Relato por Natasha Mello
Pai Bruno Albuquerque