terça-feira, 30 de setembro de 2014

Gravidissimas do AGe


O AGe existe aqui, no blog, mas também está no Facebook, em uma página e em um grupo de discussões.

No grupo fizemos o convite às meninas, para exibirem suas lindas barrigas <3

E olha quanta foto bonita!

Carla Guanho 29 semanas

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Relato de Parto da Natasha, Bruno e Joaquim (Parto Natural Humanizado- Hospitalar)

Dia 30 de julho de 2014 o dia em que o mundo parou e a nossa família nasceu!!!

O show do nosso Joaquim começou no domingo, no ultimo encontro com a Samara Barth, nossa doula,  antes do parto acertamos os últimos pontos do nosso plano de parto, fizemos alguns exercícios de respiração e conversamos muito sobre o tão esperado dia. E não é que ouvindo tudo ele se animou e comecei a sentir  realmente que o meu corpo estava se preparando para a chegada do meu príncipe?

As contrações eram totalmente suportáveis eram parecidas como uma cólica bem fraca e assim foi a madrugada inteira.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Relato de Nascimento do Nicolas (Parto Normal- Hospitalar)



3 de setembro, Itapetininga, 2012

Sei que acordei na segunda com muitas dores. Olhei no relógio: 8 da manhã.
Quando eu me lembro agora eu dou risada, mas  jurava que estava com vontade de ir ao banheiro. Fui e nada. Achei que estava com gases, kkkkkkk... Tomei M****** (rs) na esperança de que ia melhorar. Deitei de novo, marido perguntou o que estava acontecendo e eu falei. Levantei outra vez e fui ao banheiro e nada de novo. E a dor lá, firme e forte.
Estava ficando bem incomodada e comecei a pesquisar na internet, perguntar pras amigas se aquilo que eu estava sentindo poderiam ser as contrações de TP. As amigas que sentiram as dores do parto disseram que devia ser sim e que eu tinha que ligar pro meu médico. E eu no "ligo ou não ligo", morrendo de medo de chegar no médico e não ser nada e eu bancar uma de tonta, kkkkk... Comecei a ver quanto tempo demorava entre uma e outra e pasmem: mais ou menos 5 minutos de intervalo. CHOQUEI! Vi que já fazia uma hora que eu tava nessa e resolvi que devia sim ligar pro médico. A secretária me pediu pra ir pra lá dentro de uma hora.
Fui tomar banho, com aquele gelo na barriga no melhor estilo "será que é hoje mesmo???". Marido também foi pro banho e quando estávamos prontos, a dúvida: levar ou não as malas já no carro? Marido achou melhor não, achei então que pelo menos já devíamos deixar tudo perto da porta, pro caso de precisar voltar correndo pra buscar.
Fomos pro médico e logo fui atendida. Ele fez o exame do toque e nada de dilatação. Cronometrou as contrações e viu que sim, eu estava mesmo em TP, mas que pelo jeito ainda ia demorar... (é...duas horas de bastante dor, num intervalo pequeno entre elas e NADA de dilatação). Ele me perguntou se eu ia aguentar, se eu queria mesmo o PN e eu disse que sim. Me mandou ir pro hospital fazer o exame de cardiotoco pra ver se estava tudo bem com ele.
Logo depois da consulta eu liguei pra minha mãe e falei que tinha acabado de sair do médico. Ela:" e aí, ainda vai demorar, né???" Eu: "não, mãe, É HOJE! Não te disse desde sempre que ia ser dia 03???". Ela ficou meio em choque, kkkkkkk... Falei que estávamos indo pro exame e ela pediu pra gente avisar assim que tivéssemos alguma notícia.
Fomos pro hospital e a dor lá, cada vez mais forte. Parecia que quando ela vinha eu não tinha posição. Deitada era ruim, sentada era ruim...Em pé era um pouco menos pior.
Fiz o cardiotoco e voticontá, que exame chato. Não sei se o aparelho era ruim, se a enfermeira que fez o exame que não era boa, só sei que eu já tava ficando irritada. Depois de não sei quanto tempo, ela conseguiu finalmente um resultado pra mandar por e-mail pro meu médico. Aí tivemos que ficar mais um pouco lá, esperando pra ver o que o meu médico ia dizer. Marido cronometrando as contrações durante toda a espera, algumas vezes o intervalo entre uma e outra eram de dois minutos, não dava pra acreditar! Logo vieram nos avisar que podíamos ir embora e que deveríamos voltar no consultório do meu médico a tarde.
Chegamos em casa lá por meio-dia. Eu só tinha comido uma bolacha água e sal desde ontem à noite. Não sei se estava sem fome por conta da dor, da ansiedade, do medo de ter que ser cesárea (é recomendável jejum de 8h quando é cesárea), só sei que passei com essa bolachinha no estômago o dia todo.
Eu ficava andando de um lado pro outro, segurava no batente da porta, agachava no sofá, gemia pela casa, me sentia uma leoa enjaulada, rs... A dor cada vez mais forte e menos espaçada.
Resolvi então tomar banho de novo antes de voltar na consulta às 15h30. Fomos pro consultório do meu GO de novo e quando ele fez o toque, 2cm de dilatação... Vejo tanta gente que fica só um tiquinho de tempo com dor, as vezes nem dor tem e quando vê já está mega dilatada e a pessoa aqui fica 8 horas em TP e só 2cm de dilatação, kkkkk... Só rindo mesmo! Médico perguntou de novo se eu continuava firme no PN. Nessa hora eu já estava morrendo de medo de não conseguir e sofrer tanto a toa. Perguntei o que ele achava e ele me disse que não podia palpitar, que era uma decisão só minha e que não dava pra me garantir que ia ser PN mesmo, que só a evolução do TP diria... que eu podia ficar mais umas 6 horas tendo contração e conseguir o PN ou não. Pensei: quer saber? Já passei por tudo isso, vamos lá e ver no que dá. Quando eu disse que ia tentar, ele me mandou voltar pro hospital pra repetir o cardiotoco.

Fomos pra casa buscar as malas porque sabíamos que depois desse exame as chances de já dar entrada na minha internação eram grandes. Nessa hora eu estava meio em choque. Não conseguia acreditar que a hora estava mesmo cada vez mais perto, que daqui há algumas horas meu filho estaria nos meus braços. Marido pegou a filmadora e começou a filmar. Filmou o quartinho do Nicolas, deixou uma mensagem  pra ele, veio me filmar e eu nem sabia o que dizer no meio da dor, da ansiedade, da emoção...

Repeti o cardiotoco, dessa vez com as contrações SUPER fortes. Depois que meu GO recebeu o resultado, já ligou pedindo pra ficarmos lá e dar entrada na internação. Algum tempo depois meu GO chegou e foi me examinar. Não sei se é isso mesmo ou se eu sonhei (o cansaço e a dor fizeram algumas partes desse dia ficarem meio confusas) mas nessa hora eu acho que estava com 6cm de dilatação. Ele disse que ia estourar a minha bolsa, que na hora não ia doer, mas que eu ia sentir. Nossa, que estranho que foi! Era água sem fim! Depois disso as contrações aumentaram ainda mais e me levaram pro meu quarto, o quarto 7. Marido do meu lado, me dando apoio.
Logo uma enfermeira veio e me deu um soro pra acelerar o trabalho de parto. MEU DEUS DO CÉU, que vontade de fazer nem sei o que.  Se até então as dores já estavam fortes, agora então ficaram praticamente insuportáveis.
 Nisso meus pais chegaram lá. Muito estranho pensar que meus pais me veriam em TP, principalmente meu pai, mega emotivo que é. Minha mãe disse que depois que ele me viu sofrendo ele saiu chorando, tadinho. Mas foi logo reclamar com as enfermeiras que eu tava lá morrendo de dor, como que ninguém ia fazer nada...rs...
Depois disso vieram moooontes de enfermeiras pro quarto, me falaram pra ficar de cócoras, pra ficar em pé, pra fazer agachamento, pro marido fazer massagem nos meus quadris. E eu só sabia gemer (ou seria quase gritar??? rs...) e falar que eu não ia conseguir, que eu queria anestesia logo...
Mais um tempo (que parecia sem fim) se passou e eu não lembro se o médico veio no quarto e me examinou ou se as enfermeiras colocaram a camisola e me levaram pra sala de cirurgia sem o médico me examinar... Deu branco, rs...
Só sei que fui pra sala de cirurgia e tomei a anestesia. Na hora o alívio foi imenso. Nem acreditei que tanta dor poderia sumir tão rapidamente. Pensei: como pude querer um parto sem anestesia? Mas depois, sempre que me lembro disso, bate uma tristeza...lembrar que fiquei quase 13h em trabalho de parto, lutei e sofri de dor por tantas horas, pra chegar no fim e nem saber o que fazer, não sentir meu filho nascer...com certeza se eu tivesse tido uma doula ao meu lado tudo teria sido diferente.
Depois de mais um tempinho fazendo força, meu médico me avisou que ia precisar fazer a episio (a tão polêmica episiotomia) e eu falei que tudo bem. Mais um pouco de força e... ele nasceu! Hora de nascimento: 20h48. Não chorou logo que nasceu, pro desespero da mamãe, mas tava lá, lindo, grande e cabeludo. Não sabia se eu chorava, se eu sorria... Parecia mentira que aquilo tudo estava acontecendo comigo.
Marido ficou do meu lado durante todo o parto, apoiando, ajudando e filmando, foi pra outra sala junto com o pediatra e a enfermeira acompanhar nosso filhote e eu fiquei lá, esperando, com o coração apertado pra carregar meu filho nos braços pela primeira vez.
Minutos que pareceram horas se passaram e então pude finalmente sentí-lo aqui fora. Acho que nunca vou me esquecer desse primeiro contato, que faz lágrimas correrem pelo meu rosto ao lembrar. Aqueles olhinhos abertos tão lindos, aquele chorinho... Fiquei ali, olhando pra ele, pegando em suas mãozinhas, fazendo carinho, falando que eu o amava muito. Por mim ele não saia mais dali. Infelizmente logo ele teve que ir e eu fiquei ali, contando os minutos pra poder pegá-lo nos braços de novo.
Enquanto eu era costurada, as enfermeiras me parabenizavam pela coragem do PN, que elas quase nunca viam uma mamãe corajosa como eu, que nem elas tinham tido coragem, rs... Meu médico também veio e me deu os parabéns, falou que eu fui guerreira, que ele achava que eu ia acabar desistindo.
Depois fui pra uma salinha de observação pós cirurgia e nem sei mais quanto tempo fiquei por lá...as horas e minutos não estavam fazendo muita diferença pra mim nesse dia. Me levaram pro quarto e logo a família toda foi me ver...Marido, pai, mãe, irmão, vó, sogro, sogra, cunhada... Todo mundo emocionado, todo mundo me elogiando, todo mundo falando do nosso príncipe, todos babando, rs...

Um tempinho depois ele chegou. Tão lindo, tão lindo!!! Vestindo a roupinha que comprei com tanto carinho, que sonhei tanto em vê-lo usando... Sonho nenhum se comparou àquele momento. A emoção foi muito maior do que eu podia imaginar. O amor que eu senti por ele tão de imediato foi absurdamente maior do que eu podia imaginar. Meu filho é muito mais lindo do que qualquer sonho que eu tive (sou coruja mesmo, tá??? rs...). Tão perfeitinho, tão saudável, com a graça de Deus. Só sabia agradecer à Ele pela saúde do meu filho, por ter dado tudo certo, por estarmos ali juntinhos.

Texto pela mãe Empoderada Talita Monteiro Paes Brisola

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Depressão Pós Parto/ Blue Puerperal

Dia 27 vamos nos reunir para conversar sobre o que acontece DEPOIS que o bebê nasce!

Sim, são 9 meses de gestação, com transformações constantes no corpo da mãe, uma enxurrada de hormônios e muita expectativa!

Existe vida após o parto? SIM existe e os primeiros 40 dias demandam muito da mãe física e emocionalmente, são noites de sono “picado”, muita amamentação, outra chuva de hormônios, outra transformação no corpo, responsabilidade enorme em cuidar de um bebê completamente indefeso que chora – e tantas vezes não sabemos o motivo, mesmo perguntando para ele várias vezes!

A Depressão pós parto, ou Baby Blue, é mais comum do que a maior parte de nós imagina, e vamos conversar sobre o que é, sinais e sintomas, fatores relacionados, quando inicia, quais influências na relação mãe-bebê e desenvolvimento da criança. È possível prevenir? 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Parir é Lindo



Esqueça, imediatamente, todas as cenas horríveis que te contaram sobre parto. Isso são medos e experiencias ruins que outras pessoas tiveram, não o que você vai realmente viver.

Esqueça aquele papo que “o médico fez o parto da fulana...”, porque quem faz o parto é a Mulher, ninguém mais...

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Mulheres que ciclam. Mulheres de poderes infinitos


A evolução da energia do feminino é uma sucessão de passagens, travessias e ritos de passagens. Mulheres que vão se transformando e tornando-se mutáveis ao longo da vida. Uma energia cíclica que nos leva a encontrar, aprender e conhecer infinitas possibilidades sobre nós mesmas.

Uma das primeiras formas de conhecimento pela qual passamos, dá-se na forma da 1a menstruação ou menarca. Neste momento reconhecemos que algo mudou e que agora não somos apenas meninas, somos mulheres que ciclam. Mulheres que nunca mais serão as mesmas. Mas, não disseram para nós que isso era ruim? Não disseram que isso fazia com que fossemos instáveis?

Esqueça tudo que disseram sobre você. Porque são baseados em valores sexistas e do patriarcado que querem nos fazer acreditar que ser cíclica é fator de instabilidade e fraqueza, quando a bem da verdade, ser cíclica um fator de mutabilidade e poder. Sim, poder!

Os maiores poderes de uma mulher está e vem do conhecimento, respeito e saber lidar com seu ciclo menstrual.

·         Menstruação
Este é o período do inverno de cada mulher, onde ela vive sua Lua Nova, se relacionarmos com os ciclos lunares. É momento de aprender a descansar e recolher-se. Ótima fase para aproveitar a intuição mais aguçada e percepções.

Diminuir ritmo e permitir que a purificação aconteça. Neste período os níveis hormonais caem muito, por conta da liberação do tecido endometrial. Por isso, é um período para aproveitar essa energia retraída para trabalhar-se, descansar mais, visto que muitas mulheres sente-se mais fatigada, com dores e desconfortos. 

Aprendemos muito com a observação e proximidade com nossa menstruação. Olhando para ver como está o sangue, cheiros e percepções. Quando reconheço que o sangue menstrual sou eu, tenho que através dele aprender a me aceitar e a compreender o que ele me revela sobre mim.

Já havia pensado sobre isso? Se rejeito ou ignoro meu próprio sangue, quem achas que está rejeitando? É um aprendizado que deve ser gradativo e pode ser facilitado com o auxílio do uso de coletores menstruais ou paninhos. Se você se permitir essas proximidade, irá ganhar o maior presente de todos, que é voltar a estar consigo e reconhecer-se. E isso, não tem preço! Lembremos que o inverno é período de recolhimento exatamente com um ar investigativo, então, mergulhe em si, não force-se desnecessariamente e conserve sua energia, porque você irá precisar dela. Por isso, a palavra chave é PRESERVE-SE.
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   Pós-menstruação
Este é o período da primavera de cada mulher, onde ela vive sua Lua Crescente, se relacionarmos com os ciclos lunares. Ou seja, momento de recomeço, da energia que começa a crescer, da vontade de fazer e sair explorando o mundo. Agora sim é hora de fazer e acontecer, porque se tem energia para isso! Com o crescimento das taxas de estrógeno e da fase folicular, há propensão para expansão, atividade e criatividade. Por isso, a palavra chave é VITALIDADE.
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   Ovulação
Este é o período do verão de cada mulher, onde ela vive sua Lua Cheia, se relacionarmos com o ciclo lunar. É um momento de plenitude, pico hormonal, onde a mulher está em sua fase mais envolvente e ápice do poder que cuida, nutre e expressa-se sexualmente. Pico de fertilidade, e momento ideal para através da observação do muco acompanhar seus períodos férteis, visto que a ovulação acontece apenas uma vez em cada ciclo e libera apena 1 óvulo, que vive até 24 horas, sendo que a ovulação acontece umas 36 horas após o pico de hormônio LH. 

Algumas coisas são percebidas durante a ovulação como o ovário que está ovulando e que lado (pode-se perceber uma leve pontada ou fisgada, assim como um carocinho na virilha), o aumento do fluido vaginal, desejos por determinadas coisas e comidas ou até mesmo dor de cabeça para algumas mulheres. Para reconhecer o muco fértil basta checar se ele estica (elástico), fica mais transparente e escorregadio. A palavra-chave é PLENITUDE.

·   Pré-menstruação

Este é o período do outono de cada mulher, onde ela vive sua Lua Minguante, se relacionarmos com o ciclo lunar. É um mundo de preparação onde preparamos para uma forte liberação e purificação. Conhecida como fase luteal. Onde há o auge do poder feminino mágico e poderoso, pois somos inundadas por todos os tipos de percepções. Por isso que é difícil concentrar-se e muitos sentimentos distintos podem aflorar. Ideal para expressar tudo que é sentido e percebido através da criatividade como dança, escrita, arte, poesia, o que fizer sentido para você. A palavra-chave daqui é LIBERAÇÃO.


Mas, por que estou falando sobre ciclo menstrual? Porque é em nosso ciclo interno que há nosso poder para todo o resto em nossa vida. E devemos aprender a aproveitá-lo melhor! Fomos tão condicionadas a permanecer em uma vida linear, solar e masculina, que esquecemos que nós funcionamos diferente e que isso não é sinal de fraqueza ou de diminuição, pelo contrário. Apenas aponta que somos diferentes e que não deveríamos deixar de ser quem somos para adequar-se, perdendo assim nossa essência feminina única. 

 

Nós mulheres estamos sempre mudando e esta mudança pode ser aproveitada, desde que entendamos o que são, como são e porque são. Nosso corpo é sábio. Ele tem seu momento de recomeço e novas oportunidade, sua fase de preparação e expectativa de vida e geração, é fertilidade e é purificação, assim como é recolhimento e introspecção, e expansão e extroversão. O que causa muito desgaste e desconfortos é querer agir diferente do que o momento te pede. A palavra-chave é FLEXIBILIDADE e ADEQUAÇÃO.


E o que irá propiciar isso é a disposição para a mulher observar-se. Assim, através dos sinais do corpo, das emoções, pensamentos e atitudes, irá conhecendo-se cada vez mais. E ao conhecer-se conseguirá usar todo o potencial de cada fase para o seu melhor, sem rejeitar mas entendendo o porque da diferença de cada estação interior. Cada ciclo nos oferece uma pérola e se brigamos com ela, perde sua beleza. Mas, se a guardamos no interior de nossas mãos, estaremos em pose do verdadeiro empoderamento. Aquele que vem do total conhecimento interior e saber como expressá-lo.

Assim, a mulher, em pose de si, consegue passar pelos ritos maiores de sua vida de forma mais consciente, orgânica e natural. Porque se sei quem eu sou, sei o que fazer quando me é pedido: seja no parto, seja na maternidade, seja na menopausa. Eu sei que ali poderei expressar tudo que sou, porque sei quem eu sou, e o poder que tenho: de gerar, de parir, de maternar e de revelar minha sabedoria quando a sexualidade encontrando novas formas de expressão.

Porque nós somos muito mais do que diziam de nós. Somos corpo, somos sangue, somos muco, somos orgasmos, somos sábias, somos intuitivas, somos plenas, somos poder que se transforma e mostra-se de muitas formas diferentes. E o melhor, é que você pode ser tudo isso sempre que desejar, basta conhecer-se e aprender a utilizar seus poderes interiores, que são suas armas mais poderosas. Porque a você foi ofertado à dádiva de muitos poderes e este está em ser cíclica.

E ao parir, você vive toda sua vida cíclica elevada a última potencial em todos os seus sabores e em toda a profundidade do feminino. Digo que o parto é como um abrir da caixa de Pandora, onde não poderemos esconder nem uma fração do que somos. O parto é a nossa dádiva de sermos as portadoras e guardiãs dos Mistérios do Sagrado Feminino de vida-morte-vida. Porque ali, a mulher morre para quem foi e renasce junto ao bebê, chegando ao mundo novamente, pela 1a vez. Porque um rito de passagem é isso. Ir rumo ao desconhecido. Mas, consigo ir melhor preparada quando já me permiti passar pelos ritos de passagem menores que vivenciamos todos os meses através do nosso ciclo menstrual e experiências de vida. O parto é a expressão de tudo que seu ciclo é: uma explosão da sua sexualidade, um fazer amor com tudo que você é: fluídos, sangue, gemidos e poderes conhecidos/desconhecidos. 

É um buraco negro da Lua Nova, que nos convida a desbravar novos territórios de nós mesmas. É o feminino mais selvagem e mais profundo. É tudo: primavera, verão, outono e inverno, tudo de uma vez só. Por isso, torna-se imperativo vivenciar os ciclos da forma mais honesta, próxima, acolhedora e respeitosa possível, para que assim, você consiga estar em posse dos seus poderes e usá-los para vivenciar tudo que a vida lhe oferecer da mais poderosa possível.

Texto amavelmente escrito por 
Ana Paula Malagueta
Professora de Yoga e Terapeuta Holística especializada em Mulheres, Gestantes e Pós-parto. Doula, Registered Bach Practitioner, Aromaterapeuta e Reikiana. Condutora do Devi Shala Círculo de Mulheres. Editora de conteúdo e texto do Yogaway.com e Yogaway Blog.

7 Motivos para você participar de um grupo de gestantes


Você que vai ser mãe, pai, avó, tia ou pretende ser um dia, nunca é cedo ou tarde para o conhecimento! Veja abaixo os motivos pelo qual o grupo de gestante é importante para todos!!


1. MAIS CONHECIMENTO: ao participar de um grupo de gestante você terá palestras com diversos profissionais especializados na áreas da saúde e com uma vasta experiência no assunto, tudo isso de graça, como são a maioria dos grupos de gestantes. E também descobrira os locais corretos onde buscar informações baseadas em evidencias científicas a respeito da gestação, parto, pós parto e amamentação.

2. MAIOR CONSCIÊNCIA CORPORAL: durante a gestação as mudanças corporais são muito mais que aparentes, são incômodas, e muitas vezes não agradam a mulher. Ao conhecer como funciona as mudanças que ocorrem no período gestacional você compreenderá os seus significados e aprenderá como lidar com seu corpo, amenizar os desconfortos e ter uma gestacao, e um recém nascido muito mais saudável .
3. TROCA DE EXPERIÊNCIAS: aprendendo ate com as mães de segunda viagem que já fazem parte a mais tempo do grupo, você pode economizar dinheiro, tempo e muito mais. Elas podem te dar dicas de onde comprar roupas, moveis, acessórios com preços muito mais acessíveis, dicas de boas escolas, e porque não uma doação, troca ou venda de roupas, móveis e objetos novos ou de pouco uso??

4. MELHOR SATISFAÇÃO NO PARTO: estudando as possibilidades, planejando melhor como você gostaria que fosse esse momento, quem você gostaria que estivesse ao seu lado e montando um " Plano de Parto", as chances de você ter um parto prazeroso e inesquecível são IMENSAS!!

5. MENOS MEDO E ANSIEDADE: aprendendo o que deve se esperar de uma gestação, sinais, sintomas e os momentos que antecedem o parto, e mais, sabendo que você tem a quem perguntar caso tenha duvida, e um espaço para dividir seus medos e descobrir que o que você sente é muito semelhante ao sentimento de todas as gestantes, não tem preço!

6. NOVAS AMIZADES: as amizades feitas num grupo de gestantes são muito especiais e verdadeiras, afinal, vocês estão passando por um momento semelhante e provavelmente seus filhos irão crescer juntos e quem sabe serão melhores amigos também?!!

7. AUMENTO DO VINCULO FAMILIAR: as alterações de humor, medos, ansiedades e outras mudanças na gestação muitas vezes não são compreendidas pelo companheiro e familiar da gestante, quando a família participa do grupo, eles passam a perceber que o mundo das gestantes é um mundo a parte, e se unem a ela por um parto mais respeitoso e por uma experiência positiva. Além disso, os esposos que acompanham a mulher durante o trabalho de parto se surpreendem com a fora feminina e se sentem muito mais orgulhosos e felizes com a escolha da companheira que fizeram para ser mãe de seu filho..rsrsr!!

E então? O que você esta esperando para participar de um grupo de gestante???


Texto por Suzana Coca Keinert
Enfa Obstetra








segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Entenda o Cartão da Gestante!


Você se vê gravida e na primeira consulta recebe muitas informações e um cartão cheio de siglas e coisas que você não consegue descobrir o que significa!!!!
Ohhhh Meu Deus!! Será que isso tudo é normal?

 Então vamos falar um pouco mais sobre isso!!

Primeiramente, toda gestante tem o direito de ser muito bem acolhida nas suas consultas de pré-natal, independente de sua situação (solteira, casada, amigada, ter engravidado sem desejar, gravidez planejada, gravidez na adolescência, entre outras situações).

Toda mulher gravida tem direito ao Cartão da Gestante, e o mesmo deve ser entregue na primeira consulta e permanecer com ela durante toda gestação!

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
- O cartão da gestante deve ser entregue a você na primeira consulta.
- Ande com seu cartão de gestante na bolsa durante toda gestação.
- Não deixem que os profissionais esqueçam de marcar os resultados de exames, ultrassom e resumo da consulta no cartão.

Agora vamos para a parte mais esperada!!!!
O que significa AU, IG DUM, CE, CM, IMC e outras siglas???????

Cada vez que vc for na consulta do pré-natal com medico ou enfermeira, seus dados devem ser marcados no cartão da gestante.

Vamos aos significados: 

Tipo de consulta: 
Consulta Medica = CM
Consulta de Enfermeira = CE 
Atenção, somente as Enfermeiras são capacitadas para atender uma consulta de pré-natal, nunca podem ser atendidas por técnicos ou auxiliares de enfermagem.

DUM = Data do primeiro dia de sua ultima menstruação.

DPP = Data provável do parto, calculada em 40 semanas ou 280 dias, lembrando que uma gestação normal dura de 37 a 42 semanas. Esse calculo é feito para o profissional e você se basearem na época que ira nascer o bebe. Essa data não é um prazo de validade da gestação!

Ig- DUM =  Idade Gestacional calculada pela Data da Ultima Menstruação (DUM)

Ig-USG = Idade gestacional Calculada pelo Ultrassom
Atenção, o calculo da IG pelo ultrassom é confiável se o mesmo for feito ate 13 semanas, o ultrassom feito após e no final da gestação não são confiáveis para calculo de idade gestacional.

Peso = peso realizado a cada consulta.

IMC = Indice de Massa corporal 
Cada pessoa tem um peso adequado para a sua altura, e durante a gestacao isso muda ainda mais, em outro post ensinarei a calcular o IMC de gestante.
 
PA = Pressão Arterial, medida a cada consulta.

AU = Altura Uterina, medida para estimar o crescimento adequado do útero! Lembrem-se que mulheres grandes terão bebes maiores, a altura uterina pode variar com tipo físico da mãe, da genética dos pais, de acordo com o tamanho do bebe e com a quantidade de liquido amniótico.
A tabela abaixo mostra a relação da idade gestacional (tempo de amenorreia) e a altura uterina considerada normal para gestações de apenas um bebe. A faixa do meio é considerado altura uterina normal.

  
Risco gestacional = Baixo Risco (BR), Alto Risco (AR). A cada consulta é avaliada se tudo corre bem durante a gestacao, se seus exames tiverem dentro do normal você será "classificada" como gestante de baixo risco. Mas caso haja alguma alteração significativa você será encaminhada ao serviço mais especializado para acompanhamento. Porem a gestacao de alto risco não significa necessariamente que você não poderá ter um parto normal. A Organização Mundial de Saúde permite partos domiciliares planejados apenas aqueles classificados como de baixo risco.

BCF = Batimento Cardíaco Fetal, são os batimentos do coração bebe, que estão dentro do normal se estiverem entre 110 a 160 batimentos por  minuto! Não se assuste, o coração do bebe bate bem mais rápido do que o dos adultos pois estão em rápido desenvolvimento.

MF = Movimentos Fetais, são os movimentos que você percebe que o bebe faz dentro da barriga, e neste campo serão marcados como + ou presentes se você disser que sente o bebe se mexer, e como negativo ou - , caso você diga que não sente esses movimentos. A percepção dos movimentos fetais surgem no geral por volta dos 16 semanas ou mais, dependendo da massa corporal da mãe.

Apresentação =  Significa o posição que o bebe esta dentro da sua barriga, como se vc pudesse olhar de baixo, por entre as pernas...rsrs...Se ele estiver com a cabeça para baixo significa que a apresentação é cefálica; se estiver sentado, apresentação pélvica, se estiver sentado sobre os pés: apresentação podalica; se estiver atravessado a apresentação é transversa e cormica, o bebe estiver de ombro.

Também são anotados os resultados dos exames, ultrassom e vacinas.
Ainda podem ser anotados na parte em branco as condutas e orientações!!
Por hoje paramos por aqui, espero que tenham gostado!

Texto por Suzana Coca Keinert
Enfa Obstetra